Uma biomédica de 33 anos foi indiciada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) após a morte de uma mulher de 46 anos. A paciente foi submetida a um procedimento estético em uma clínica localizada em Divinópolis, região Centro-Oeste do estado. Além da biomédica, outros três colaboradores da instituição também enfrentam acusaçõe

Segundo relatos da PCMG, o cônjuge da falecida informou que, inicialmente, foi proposto um valor de R$ 18 mil para a lipoaspiração. Contudo, a paciente obteve um desconto, pagando R$ 12 mil pelo procedimento, agendado rapidamente e sem as devidas avaliações pré-operatórias.

Complicações Durante o Procedimento

A mulher sofreu uma parada cardiorrespiratória durante a cirurgia. Embora tenha sido prontamente atendida pelo Serviço Móvel de Urgência (SAMU) e encaminhada a um hospital, a vítima não sobreviveu. Em decorrência desse trágico evento, especialistas e investigadores visitaram a clínica, identificando diversas inconformidades e, como consequência, detiveram em flagrante a biomédica e uma técnica de enfermagem.

Desdobramentos da Investigação

O inquérito policial, composto por mais de 700 páginas, revelou, após ouvir mais de 20 testemunhas, uma série de falhas no estabelecimento. Entre as irregularidades, destacam-se a ausência de equipamentos médicos essenciais e a tentativa de esconder instrumentos utilizados nos procedimentos. As investigações concluíram que a causa da morte da paciente foi uma combinação de intoxicação por anestésicos, hemorragia, parada cardiorrespiratória e aspiração, resultando em danos pulmonares. Baseando-se em tais provas, foi determinado que a biomédica, ao realizar o procedimento sem a devida qualificação e em um ambiente inadequado, assumiu o risco de causar a morte da vítima.